Se pararmos para pensar em como eram os automóveis há 50 anos e em como eles são hoje em dia, não temos como negar as transformações e a rápida evolução do setor. E não é à toa: de 2013 a 2016, segundo o Ministério da Indústria, o setor automotivo brasileiro investiu R$ 21 bilhões em pesquisa e inovação — e o cenário não é diferente em outros países do mundo. Esses investimentos estão ligados a diferentes questões tecnológicas, que buscam melhorar a forma como os veículos se relacionam com os usuários e o meio ambiente. Com isso, o futuro dos motores também sofre um grande impacto.
É por isso que retificadores e mecânicos precisam estar atentos às mudanças do mercado e às novidades do setor para oferecerem um serviço que esteja sempre acompanhando essa evolução. Para ajudar você a ficar inteirado sobre o assunto, separamos algumas tendências e discussões sobre o futuro dos motores automotivos. Confira!
O que esperar do futuro dos motores
As fabricantes estão sempre buscando melhorar os índices de potência e torque dos motores e alterando algumas de suas características. Então, não temos como escapar das perguntas que já se arrastam há alguns anos e que ainda devem levar muito tempo para sair de pauta: os motores à combustão serão extintos? Apenas os carros elétricos farão parte do futuro?
Como em toda boa discussão, há analistas que defendem as duas situações. O grande debate leva em conta a poluição que os motores à combustão geram e que causa impactos tanto ao meio ambiente quanto ao próprio ser humano. Nesse sentido, diversos países têm discutido a proibição, em longo prazo, dos motores convencionais e estimulado o uso de veículos com motores elétricos.
Diante desse contexto, as empresas têm tomado posições diferentes: a Volvo, por exemplo, informou que a partir de 2019 não deve mais produzir motores movidos exclusivamente à combustão, enquanto a Mercedes deve banir esses motores em alguns de seus carros. A BMW, por sua vez, deve lançar 12 veículos com motores elétricos e 13 veículos híbridos até 2025.
Os híbridos, inclusive, têm sido apresentados como uma das saídas para o embate, já que aliam sistemas elétricos aos combustíveis fósseis. Empresas europeias como a Bosch e a Volkswagen anunciaram recentemente a produção de novos motores a diesel, que inovam por alcançar a redução na emissão de CO2 e ainda apresentar diminuição no consumo do combustível sem afetar a potência e o torque.
Mesmo que não sejam preferência absoluta, uma coisa é certa: não deve demorar para que mecânicos comecem a receber carros elétricos em suas oficinas. Além dos benefícios ao meio ambiente, como já falamos, esses veículos também costumam ter custo de manutenção menor se comparados àqueles com motores convencionais, pois possuem menos peças. O problema, por enquanto, se relaciona ao custo do veículo e à estrutura necessária para garantir a recarga — no Brasil, por exemplo, são poucos os lugares equipados para a recarga de forma rápida.
Para quem tem simpatia por esse modelo, vale a pena conferir o exemplo da Noruega, que, atualmente, tem metade da sua frota de automóveis formada por veículos elétricos: 31,8% são híbridos e 17,6% são totalmente elétricos. A maioria é da Tesla, empresa que se destaca em relação a essa tecnologia.
Quem não acredita na possibilidade de recarregar seu carro na tomada ou ainda não está preparado para encarar um motor como esse pode ficar tranquilo: alguns especialistas acreditam que até 2050, pelo menos 60% dos veículos leves ainda utilizarão os motores de combustão interna ou serão movidos por sistemas híbridos. Esse cenário leva em conta, então, a possibilidade de fazer melhorias nos motores à combustão.
Alguns processos que podem otimizar esses motores são: a inclusão de água ou GNV à gasolina e o tratamento químico dos gases de escapamento para diminuir as emissões poluentes; o turbo variável, que possibilita a eficiência e o ganho de desempenho em motores híbridos; e o uso de plástico para reduzir o peso e minimizar o esforço do motor.
Dessa forma, o Brasil deve experimentar o crescimento no uso de carros elétricos, como já ocorre em outras partes do mundo. Porém, isso não significa o fim dos motores à combustão, que têm passado por um processo de reinvenção para se tornarem menos poluentes e mais adequados ao modo de vida da população — evolução, aliás, que acontece desde que os carros existem.
Nesse cenário, uma coisa é certa: mecânicos e retificadores que querem se destacar e atender a públicos diversos com credibilidade precisam estar atentos a essa discussão e às mudanças trazidas por ela em relação ao futuro dos motores. Por isso, fique sempre de olho no nosso blog para acompanhar as novidades do setor e conferir como a Riosulense pode ajudar a sua empresa a se adaptar a elas.
E se você tem uma opinião sobre o futuro dos motores ou alguma dúvida sobre o assunto, deixe um comentário no espaço abaixo. Estamos curiosos para saber como você está encarando essas notícias.