Em qualquer veículo movido por um motor de cilindros, as válvulas que fazem a admissão de combustível para a câmara de combustão e as válvulas que permitem o escape da explosão precisam trabalhar em sincronia e com uma precisão “cirúrgica” — do contrário, há perda de combustível e as estruturas do cabeçote podem ficar extremamente danificadas com a constante queima dos fluidos. E a peça que garante a sincronia dessas válvulas e o bom funcionamento dos componentes do cabeçote é a mola de cabeçote.
Fabricada com arames de aço em ligas especiais de cromo vanádio ou cromo silício, a mola de retorno de válvula, ou mola de cabeçote, é responsável por garantir justamente o retorno das válvulas após a ação do eixo de comando durante os tempos do motor. Ela também garante que a força mínima necessária para ocorrer a vedação do cilindro de compressão seja aplicada quando a válvula estiver fechada.
Isso porque, depois da explosão da mistura de combustível na câmara, as válvulas são empurradas para cima para permitir a entrada de mais uma dose da mistura, que vai alimentar o próximo tempo do motor. A função da mola de cabeçote, então, é puxar essa válvula para sua posição inicial e mantê-la ali, impedindo que haja fuga da mistura ou entrada de ar ou qualquer outra substância.
Parece uma função fácil para uma peça igualmente simples, não é mesmo? É precisamente nesse ponto em que muitas oficinas mecânicas e retíficas caem em um erro comum. Isso porque a função da mola é vital para evitar a deterioração do motor, e ela deve ser analisada e substituída sempre que necessário. Molas com problemas, defeitos ou fora das especificações podem superaquecer toda a estrutura do cabeçote, rebaixar as sedes de válvula e, em casos mais extremos, até mesmo travar o motor.
Cuidados com a manutenção da mola de cabeçote
Também é importante lembrar que molas de válvula inadequadas, se não forem substituídas, podem causar problemas técnicos graves também no desempenho do veículo, levando à perda de potência, falha na vedação das válvulas e consequente perda de compressão.
Além disso, rupturas e trincas podem comprometer seriamente a autonomia do seu motor, causando inclusive o travamento das válvulas em cabeçotes com balancins, o desgaste prematuro de sede de válvulas, o aumento do consumo de combustível e, claro, o aumento do nível de emissão de poluentes.
Muitas oficinas mecânicas e retíficas possuem equipamentos específicos para auferir o peso à potência de retorno das molas e, assim, verificar sua integridade antes de instalá-las no cabeçote. Porém, sabemos que garantir todos esses cuidados com essa peça pode parecer complicado — e é por isso que o Dr. Carro uniu forças com a Riosulense e foi até uma retífica parceira para nos ajudar a descomplicar o funcionamento das molas de cabeçote e dar dicas para sua manutenção! Confira:
Gostou do vídeo? Saiba que ele faz parte de uma série de dicas e análises produzidas pelo Dr. Carro em parceria com a Riosulense. Você pode conferir os outros materiais aqui no blog!
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