No coração de Rio do Sul, a história de um menino apaixonado por carros virou a trajetória de um profissional respeitado na mecânica. Anderson Bernardo Hioppe, hoje com 32 anos, lembra com clareza do momento em que tudo começou: um filme sobre velocidade, motores e adrenalina que acendeu uma chama que nunca mais apagou.
Da rotina de lavar peças nas primeiras oficinas até comandar o próprio negócio, Anderson trilhou um caminho feito de aprendizado constante, humildade e muito amor pela profissão. Entre carburadores, injeção eletrônica, motores preparados e a parceria com marcas de confiança, ele construiu não só uma oficina, mas uma referência em mecânico de confiança na cidade.
Nesta entrevista, você vai conhecer de perto a trajetória do Anderson, os desafios, o papel da família nesse sonho, a importância da capacitação contínua e como a paixão por motores se transformou em uma carreira sólida e em projetos cada vez mais profissionais.
Entrevista
RIO: Pra começar, se apresenta pra gente. Quem é o Anderson? Como a mecânica entrou na sua vida?
Anderson: Eu me chamo Anderson Bernardo Hioppe, tenho 32 anos e sou natural aqui mesmo de Rio do Sul. Eu comecei na mecânica por causa de um filme, um filme que eu assisti há alguns anos. Me apaixonei por carro, velocidade, mecânica em si… e foi aí que tudo começou. Eu comecei como muita gente da minha geração começou: lavando peças e sempre procurando oportunidades pra adquirir mais conhecimento. Foi um caminho devagarinho, mas com muito aprendizado e experiência, até a adaptação com a nova geração de carros.
RIO: Que tipo de tecnologia tinha quando você começou?
Anderson: Quando eu comecei na mecânica, a injeção eletrônica ainda era uma coisa nova, sabe? Eu mexi muito em carburador, aprendi a parte mecânica analógica mesmo. Isso me deu uma base muito forte.
RIO: Teve alguém especial nessa fase que marcou a tua história?
Anderson: Com certeza. Eu sempre vou lembrar de um ex-patrão meu. Antes de ter minha própria oficina, eu fui funcionário em quatro outras oficinas. O meu primeiro patrão eu tenho um apreço muito grande por ele. Ele me deixou montar o meu primeiro motor. Minha paixão sempre foi motores, é um foco que eu tenho muito grande. E graças a Deus, deu tudo certo. A partir dali fui tendo outras oportunidades.
RIO: Depois dessa primeira experiência, como evoluiu tua carreira?
Anderson: Com o tempo, fui trabalhar em outras mecânicas, já com um certo conhecimento. Eu comecei a ter uma liberdade maior dentro da oficina, assumir mais responsabilidade. Teve uma oportunidade em que eu cheguei a ser chefe de oficina numa mecânica de um amigo meu, um cara muito parceiro, que me deu uma oportunidade enorme. Quando ele me trouxe pra dentro da oficina, ele nem perguntou qual era o meu conhecimento. Ele já tinha referências minhas, de outros patrões. Eu tenho um apreço muito grande por todos os meus ex-patrões. Até hoje tenho um contato muito forte com todos. Eu nunca saí de nenhum lugar por desentendimento, foi sempre por novas oportunidades que o tempo e a profissão foram oferecendo.
RIO: E como foi a virada pra ter a tua própria oficina?
Anderson: Hoje, graças a Deus, eu consegui ter a minha oficina. Já estamos há oito anos aqui, oito anos nessa lida que pra mim é um sonho. Eu agradeço muito à minha esposa também, porque ela me apoiou demais. Minha esposa me deu muita força, ela pegou o meu sonho como se fosse o sonho dela. Ela puxou pra ela e falou: “Vamos conquistar juntos”. Me deu a mão e me ergueu várias vezes quando eu tinha dúvidas. Quando eu desanimava, ela me dava aquele “up” e me levantava de novo. A maioria dos clientes vem por indicação. Minha oficina é um pouco escondida, mas eu tenho muitas indicações. A referência que as pessoas têm de mim é assim: quando perguntam “tem um mecânico de confiança?”, “tem um mecânico responsável?”, “um profissional bom, de qualidade?”, o meu nome acaba aparecendo. Isso me deixa muito feliz.
RIO: E como você se enxerga como profissional hoje?
Anderson: Esse é um ponto em que eu peco um pouco, no sentido de não ficar falando “eu sou isso, eu sou aquilo”. Pra mim, eu ainda quero melhorar muito. Quero evoluir muito, principalmente como prestador de serviço, como ser humano e também na parte intelectual. Às vezes a gente é um pouco cabeça dura, e eu reconheço isso. Eu me entreguei agora a uma parte mais estética da oficina, estou fazendo reformas. Antes eu me preocupava só em fazer um serviço bem feito, de qualidade, com preço honesto e justo.
Mas eu estou vendo que o sistema está mudando. Então estou buscando melhorias não só na mecânica, mas em mim também: aprendizado, cursos, me atualizando pra ir me adaptando conforme a tecnologia vem. Hoje aparecem carros de várias gerações pra gente mexer: carburados, injeção original, injeção programável. A injeção programável eu já domino há bastante tempo também. Eu faço mecânica completa, mas a minha paixão é motorização. É ali que eu me encontro.
RIO: E como você conheceu a RIO?
Anderson: A RIO entrou na nossa gama de serviços principalmente por causa dos comandos. Tinha uma deficiência muito grande de comando em uma certa motorização e eu testei quatro ou cinco comandos de outras marcas. A única que eu achei que foi compatível, que tinha as medidas certas que a gente precisa, foi o comando da RIO. Aquilo abriu uma porta, uma janela muito grande pra buscar mais coisas. Até então, a gente não tinha conhecimento de tudo que a RIO faz, de tudo que a RIO produz. A porta de entrada foi aquele primeiro comando que a gente usou aqui na oficina. Automaticamente a gente começou a procurar outras peças e hoje temos uma gama muito grande de peças da RIO aqui.
RIO: Além da qualidade das peças, o que mais pesou pra você continuar com a marca?
Anderson: A qualidade e a logística. A disponibilidade de ter as peças pra gente num tempo muito rápido fez muita diferença. Foi aí que a gente começou os projetos “da nossa casa”, como eu digo, com a RIO fazendo parte deles.
RIO: Pra quem está assistindo e quer te encontrar, como faz?
Anderson: Podem procurar a gente no Instagram. Lá tem bastante coisa do nosso trabalho. Tem também o meu celular particular, que eu ainda uso bastante pro contato com os clientes. Eu estou colocando um novo número fixo pra oficina, e logo a gente vai disponibilizar também.
RIO: E onde fica a oficina?
Anderson: Estamos localizados na Estrada Blumenau, 3123, no bairro Bela Aliança. É fácil acesso, fácil de achar referências. Hoje o Google leva a gente onde a gente quiser, então é tranquilo pra chegar aqui. E eu queria agradecer de novo a oportunidade. Muito obrigado, gente! Valeu, até a próxima!
Assista à entrevista completa no YouTube
Quer acompanhar essa história na íntegra, ver mais detalhes da trajetória do Anderson, da oficina e da parceria com a RIO? Assista ao vídeo completo dessa entrevista no nosso canal no YouTube e conheça de perto o trabalho por trás de cada motor preparado com tanta dedicação.