Você quer investir em um novo equipamento, cobrir alguma dívida urgente ou mesmo evitar a estagnação da sua oficina mecânica ou retífica? Então, nada melhor do que optar por alguma modalidade de crédito para dar conta dos novos planos, não é verdade? Porém, na hora de escolher entre empréstimo ou financiamento, você sabe qual é a melhor alternativa para cada situação?
Se você acha que tanto faz, que as duas opções significam a mesma coisa e causarão o mesmo impacto nas suas finanças, saiba que está completamente enganado. Mas não se preocupe, pois no artigo de hoje vamos esclarecer os dois conceitos, mostrando as diferenças entre realizar um empréstimo e fazer um financiamento. Tudo para ajudar você a ter tranquilidade e segurança na hora de tirar suas ideias do papel. Acompanhe!
Empréstimo
O empréstimo é uma forma de crédito na qual a instituição financeira concede uma quantia sem exigir que a pessoa especifique a finalidade do dinheiro. Quer dizer, você fica livre para gastar da forma que quiser, como quitar dívidas, manter capital de giro, adquirir algum equipamento etc. Ele funciona como se sua oficina ou retífica efetuasse a compra de um montante: você solicita um valor para o banco e paga a quantia com juros no período determinado.
É justamente a baixa burocracia e a rapidez na liberação de crédito que torna o empréstimo a forma mais popular de obter dinheiro para alavancar os negócios. Mas cuidado: essas facilidades impactam diretamente nas condições da contratação do serviço, como as taxas de juros mais altas e os prazos de pagamento mais curtos. Afinal, a instituição financeira precisa arcar com o prejuízo em caso de inadimplência.
Se você quer ampliar a oferta de serviços na sua oficina mecânica ou retífica, o empréstimo pode ser uma boa alternativa para comprar equipamentos, por exemplo. Assim, você pode adquiri-los à vista e, dessa forma, pagar mais barato por eles. Depois, conseguindo realizar mais serviços com esses novos equipamentos, você consegue pagar o empréstimo com certa tranquilidade.
O empréstimo também pode ser uma solução vantajosa se você precisa quitar dívidas com fornecedores. Isso porque você acaba conseguindo negociar e trocar várias dívidas (ou uma com valor mais alto) por apenas uma que tenha parcelas que caibam no seu orçamento mensal.
Financiamento
O financiamento é um pouco mais burocrático, visto que o cliente precisa justificar para a instituição financeira o uso do dinheiro solicitado, além do porquê está recorrendo a esta modalidade de crédito. Assim, o valor financiado corresponde ao montante necessário para aquilo que precisa ser feito.
Ou seja, se você precisa de R$ 100 mil para comprar um equipamento, é essa aquisição que você precisa fazer, até porque a instituição financeira toma como garantia o bem que será adquirido. Por haver essa garantia, o financiamento acaba tendo uma taxa de juros menor e parcelamentos mais longos e flexíveis.
Mas, por outro lado, por se tratar de valores mais altos, a burocracia para ter o crédito aprovado é maior. Para você ter ideia, ao solicitar um financiamento, é preciso apresentar orçamentos e balanços da sua empresa para que a instituição financeira possa acompanhar a situação do seu negócio e os riscos que podem existir para o pagamento da sua dívida.
Linhas de financiamento para oficinas e retíficas
Falando especificamente das oficinas mecânicas e retíficas, algumas linhas de crédito podem ajudar a reforçar o caixa ou impulsionar o crescimento do negócio. É o caso do Finem, por exemplo, um financiamento que pertence ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e libera valores mais altos para modernização, reforma ou ampliação do empreendimento. Outra opção também vinculada ao BNDES é o Finame, que oferece crédito exclusivamente para o investimento em máquinas e equipamentos.
Há ainda alternativas como o Proger, do Governo Federal, que tem o objetivo de promover a geração de renda por meio da oferta de linhas de crédito para pequenos negócios. Essas linhas estão disponíveis em instituições como Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal e estão acessíveis para empresas legalmente constituídas, com faturamento mínimo comprovado de 12 meses e que sejam responsáveis pela criação de empregos ou mantenham um posto de trabalho existente.
As linhas de crédito do Proger permitem financiar itens como bens e serviços inerentes à atividade da empresa, obras de construção civil de reforma ou adaptação, máquinas e equipamentos novos ou com até cinco anos de uso, móveis e utensílios, seguro inicial dos bens financiados e, ainda, capital de giro.
Há também o Microcrédito Produtivo Orientado Caixa, que disponibiliza até R$ 15 mil para adquirir equipamentos e material de construção.
Mas afinal de contas, empréstimo ou financiamento?
Para decidir qual o melhor caminho a seguir, é importante que os dois conceitos estejam bem claros e que a gestão das finanças da sua oficina ou retífica esteja em dia. Afinal, você só terá segurança na sua decisão a partir da análise de informações confiáveis sobre as contas do seu negócio.
Inclusive, esse controle financeiro pode acabar mostrando que não é necessário realizar nem empréstimo, nem financiamento, pois a solução pode estar dentro de casa, com a renegociação de dívidas ou o aumento da oferta de serviços, por exemplo.
Quer dizer, conhecer bem a sua oficina ou retífica e o mercado em que ela está inserida é o melhor investimento! Somente assim, independentemente da sua escolha, não haverá dores de cabeça mais tarde com o acúmulo de dívidas.
E você, já teve que decidir entre pegar um empréstimo ou realizar um financiamento? Como foi a sua experiência? Deixe um comentário aqui embaixo e contribua com o debate!