Quem acompanha o mercado automotivo de perto sabe que, ao longo das décadas, as buscas pela redução da emissão de poluentes, pela diminuição do consumo de combustível e pelo aumento no desempenho dos veículos foram as grandes responsáveis pelas principais transformações tecnológicas nesse setor – foi assim com os anéis de pistão, por exemplo. Com o downsizing dos motores, a missão não é diferente!
Indo direto ao ponto, essa tendência, que aos poucos se consolida nas montadoras do mundo inteiro, envolve reduzir o tamanho do motor para melhorar a eficiência do automóvel. A ideia central é manter a potência, o torque e a resposta do acelerador para que o motorista não sinta que a economia de combustível venha, por exemplo, associada à menor agilidade do carro. É aqui que os motores de 3 cilindros entram em cena.
O papel do motor de 3 cilindros
Antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que downsizing é uma palavra emprestada do inglês e significa redução de tamanho. Esclarecer essa origem é importante pois, em muitos casos, o conceito de downsizing dos motores é visto com desconfiança: quer dizer que o motor do seu carro vai ficar menor, com peças menores e com potência reduzida? Não é bem assim.
Até porque a tecnologia do downsizing, apesar de estar cada vez mais popular, não é necessariamente novidade para quem lida com engenharia automotiva. Ao invés de criar “motores em miniatura”, o conceito está mais relacionado ao desenvolvimento de soluções capazes de entregar mais com menos. É o caso dos motores de 3 cilindros.
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Levando essa conversa direto para a oficina mecânica e adotando o bom e velho português, a ideia de criar um motor sem os 4 cilindros padrões é colocar em circulação um carro que “bebe” menos combustível. É só fazer as contas: se há uma quantidade menor de combustível sendo queimado, a emissão de poluentes diminui, bem como o consumo de gasolina, álcool e afins.
Além disso, esse tipo de motor, com seu rearranjo mais moderno, entrega outros benefícios sentidos ao longo da vida útil do veículo, como a redução do peso total e do atrito interno. Tudo muito fascinante e inovador, é verdade. Mas, nesse cenário todo, como fica o desempenho? Afinal, um motor de 3 cilindros é incapaz de entregar o desempenho e a velocidade de um motor de 4 cilindros, certo?
Há alguns anos, talvez isso fosse realmente verdade. Isso porque, durante muito tempo, a potência e o torque dos motores dos automóveis estavam atrelados a maiores litragens e ao número de cilindros. Geralmente um motor “maior” era mais potente que um motor “menor”. Contudo, o cenário mudou com a chegada do turbocompressor e da injeção direta de combustível, tecnologias que deram novos horizontes para o downsizing dos motores.
Downsizing dos motores: afinal, o que muda?
Vamos por partes. Primeiramente, vale lembrar que a compressão dentro dos cilindros do motor é, no fim das contas, a grande responsável por determinar a potência do veículo. Ali dentro, quando a mistura de ar e combustível é pressionada pelo pistão, a quantidade de pressão aplicada antes da explosão vai ditar a força com a qual o pistão será empurrado, dando movimento para o carro.
É por isso que, com a tecnologia do turbocompressor, esse conjunto passou a ser considerado o verdadeiro coração pulsante por trás do downsizing dos motores. O turbo usa os gases expelidos pelo escape do motor para rodar um par de turbinas que estão diretamente conectadas a um compressor.
Funciona assim: os gases gerados pelo funcionamento do motor fazem a turbina girar automaticamente. Quanto mais ele girar, maior será a quantidade de ar que será empurrada para dentro do sistema de admissão.
Esse ar, por sua vez, vai aumentar a compressão dentro das câmaras de combustão, exigindo que também se tenha mais combustível para queimar. O resultado disso é um aumento na potência gerada pelo motor. Geralmente no uso dos turbos se define a pressão utilizada.
Quanto maior a pressão, maior será a potência extraída. Essa característica, somada com a constante evolução das tecnologias de injeção direta, possibilita que o motor com 3 cilindros tenha um comportamento tão eficiente quanto o de seus irmãos maiores.
E se você concluiu que todas essas mudanças vão exigir cada vez mais qualidade das peças e componentes do motor, seu raciocínio não poderia estar mais correto! Afinal, essa sempre foi a dinâmica imperativa no setor automotivo: enquanto as montadoras desenvolvem tecnologias para simplificar e dinamizar a rotina do motorista, as fundições e metalúrgicas investem pesado em inovação para criar componentes à altura!
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