Troca de óleo do motor: tudo o que o mecânico precisa saber

Quem trabalha em uma oficina sabe que o lubrificante é um item de substituição obrigatória. Isso significa que após determinado tempo, ou se o veículo rodar uma quilometragem específica, a troca de óleo do motor deve ser feita. Até aqui não tem segredo: verificar o nível de óleo, substituí-lo de forma correta e saber como corrigir vazamentos faz parte da rotina de qualquer mecânico.

O problema, contudo, é que muitos motoristas só se preocupam com a troca de óleo do motor quando aparece uma luz diferente no painel, assim, a tarefa de correr atrás do prejuízo acaba sobrando para o mecânico. Afinal, se a oficina fica responsável pela troca do lubrificante e cada tipo de motor tem uma recomendação diferente conforme o fabricante, é importante garantir que o óleo certo esteja à disposição.

Sem contar que no mercado há centenas de marcas de óleo para motor e cada uma delas tem uma durabilidade particular, uma indicação própria de uso e, claro, suas restrições e benefícios de aplicação. É por essas e outras razões que o mecânico precisa estar cada vez mais antenado nas novidades e tendências do setor automotivo para poder, de fato, ajudar o cliente.

Até porque além de ser responsável pela lubrificação, o óleo atua na prevenção do desgaste, da oxidação e da corrosão das peças do motor. Dessa forma, o componente garante o bom desempenho do propulsor e evita prejuízos para o motorista. A lubrificação errada, no entanto, pode significar a redução da performance do automóvel, o aumento no consumo de combustível e até mesmo a fundição do motor!

Por que realizar a troca de óleo do motor?

O óleo mantém o motor lubrificado, sem ruídos estranhos no cabeçote, reduz episódios de superaquecimento, falhas na partida e perda de potência e, ainda, regula o consumo de combustível. O problema é que nem todo motorista conhece esses atributos, por isso é tão importante que o mecânico deixe claro que, sem exageros, trocar o óleo do carro ajuda a evitar acidentes e salva vidas!

Ah, mas o cliente não entende os motivos de trocar esse lubrificante de tempos em tempos? Explique que o carro possui um número enorme de componentes que, por sua vez, são cheios de peças que necessitam de lubrificação para continuar funcionando perfeitamente e não desgastar, e que a constante troca de temperatura no motor acaba eliminando as propriedades do óleo, que precisa ser substituído.

Também é muito comum que o cliente questione a escolha do produto. Isso porque a opção de óleo indicada pelo fabricante pode nem sempre ser a mais em conta, o que leva o motorista a achar que a oficina está tentando tirar algum tipo de vantagem com esse serviço. Porém, não é bem assim: um óleo errado prejudica o funcionamento do motor, podendo não apenas danificar as bombas de óleo, mas travar o motor nos casos mais extremos.

Então, por razões de desempenho do carro, você já tem bons motivos para indicar a troca do óleo do carro dos seus clientes na frequência indicada pelo fabricante. Sem contar que há o aspecto financeiro, que aparece indiretamente: já pensou no investimento de tempo e dinheiro para fazer a manutenção de um motor fundido? Orientar, esclarecer as dúvidas e ser transparente com esse cliente com certeza sai mais em conta para todos os envolvidos!

Dicas valiosas na hora de fazer a troca de óleo

Mesmo que a troca de óleo faça parte do bê-á-bá da oficina mecânica, é sempre bom ficar atento a algumas dicas para não errar na hora de fazer esse procedimento. Pensando nisso, preparamos uma lista com os principais detalhes que não podem passar despercebidos durante a troca e que podem ajudar o profissional mecânico a explicar melhor a necessidade desse tipo de manutenção para seus clientes. Confira:

• Dê atenção para a procedência do óleo

De maneira geral, o óleo de motor é sintético ou mineral. Como os sintéticos têm custo elevado, motoristas costumam optar pelos lubrificantes minerais. Entretanto, os óleos sintéticos são considerados pelos especialistas como a melhor opção. Esses produtos proporcionam benefícios de longo prazo, como economia de combustível, partidas mais rápidas, redução do desgaste e aumento da vida útil do motor.

• Não esqueça de consultar o manual

Como já falamos, engana-se quem pensa que não tem problema colocar qualquer óleo no motor do carro. Quando seu cliente precisar fazer a troca, explique a importância de utilizar o óleo específico indicado no manual do proprietário — as fábricas investem muito em pesquisas para saber qual é o lubrificante mais recomendado para cada motor. E se você precisar completar o nível com óleo de outra marca, certifique-se de que ambos tenham a mesma especificação, com composição e viscosidade compatíveis.

• Tenha cuidado com os aditivos

A maioria das montadoras não recomenda usar aditivos no óleo. Segundo os fabricantes, o óleo já vem com um pacote de aditivos balanceados. Assim, acrescentar outro aditivo pode comprometer a vida útil do motor. O motorista também corre o risco de perder a garantia se utilizar aditivos em carros novos, então é sempre bom alertá-lo para os riscos dessa escolha.

• Os filtros também precisam de atenção

Não adianta nada trocar o óleo e manter o mesmo filtro. Cada veículo tem uma especificação, mas, geralmente, a indicação é substituir os dois juntos, afinal, o filtro impede a circulação de impurezas no motor. Manter um filtro ruim ou danificado pode comprometer outras peças que têm custo elevado. Portanto, troque o filtro para garantir que o motor não fique impregnado por impurezas e gere um prejuízo maior.

• Conheça os limites do nível de óleo

O nível correto do óleo é entre o mínimo e o máximo da vareta de conferência. Ao contrário do que diz o senso comum, o nível não precisa estar no máximo, mas, sim, em qualquer estágio entre as marcas. Mas lembre-se: não coloque óleo acima do nível máximo recomendado, ou o motor poderá ter vazamentos.

• Saiba a hora certa de trocar o lubrificante

Outra dica importante é medir o óleo com o motor do carro frio, de preferência dez minutos depois de desligar o veículo. Quando o motor está quente, o óleo ainda não desceu todo para o reservatório, podendo dar a impressão de que o nível está mais baixo. Já para trocar o óleo, o ideal é que o motor esteja quente. Dessa forma, o óleo ficará mais fino e, consequentemente, se espalhará com mais facilidade.

• Lembre-se que o óleo também fica velho

Se o seu cliente rodar pouco e não atingir a quilometragem estipulada para a troca, lembre-o da importância de substituir o lubrificante após seis meses. Isso porque, depois desse prazo, o produto fica velho e pode danificar a bomba de óleo, responsável por manter em dia a lubrificação do veículo.

Colocando essas dicas em prática na sua oficina e compartilhando-as com seus clientes e colegas, eles com certeza vão entender com mais facilidade a importância da substituição constante do óleo do motor e confiar cada vez mais no trabalho que você oferece! Lembre-se: no ramo da reparação automotiva, confiar é fidelizar!

 

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