Saiba como funciona o tucho hidráulico e os principais cuidados com sua manutenção

Fundamental para dar compressão no motor e garantir um bom funcionamento para o conjunto, o tucho hidráulico é um velho conhecido do Expert reparador. Afinal, todo motor automotivo tem uma grande quantidade de válvulas e toda válvula do motor normalmente tem um tucho atribuído — um conjunto de componentes que funcionam em sincronia, alinhado ao movimento do comando de válvulas.

Isso porque os tuchos são os componentes responsáveis por transmitir os movimentos dos cames do comando de válvulas para as hastes de comando dos balancins e, claro, eliminar aquela tradicional folga do conjunto. Em outras palavras, é um item cujo desempenho pode afetar diretamente a capacidade — e a qualidade — da queima da mistura de ar e combustível nas câmaras de combustão.

Entendendo o papel do tucho hidráulico no bloco do motor

Em outro artigo aqui no blog, nós explicamos como o tucho de válvula trabalha em conjunto com as hastes, válvulas e molas para garantir mais precisão e hermeticidade para os fluxos de admissão e escape da câmara. Mas, pensando no funcionamento desse componente, vale uma explicação mais detalhada.

Para começo de conversa, é importante lembrar que o tucho fica, simultaneamente, conectado ao balancim e ao canal de pressão de óleo. Por meio do canal de pressão, o óleo passa pelo tucho e é disparado em direção ao balancim, criando uma lubrificação no ponto de contato entre o balancim e o came.

Sua função é justamente tirar a folga entre o comando de válvula e a haste da válvula, eliminando a necessidade de ajustes desse componente e outros ajustes de amplitude que, quando não alinhados e posicionados com o devido cuidado, podem prejudicar o desempenho do motor.

Tecnologia para melhorar desempenho e reduzir desgaste

Como já vimos, o reparador que está mais habituado com os tradicionais tuchos mecânicos — componentes sólidos e mais robustos —, pode até estranhar a estrutura do tucho hidráulico, que chama atenção por ser completamente oco. Mas isso tem um motivo! Aqui, a ideia é que ele forme, internamente, uma espécie de cilindro com um êmbolo na ponta, tal qual uma caneta esferográfica.

Esse êmbolo é mantido para fora do tucho de válvula pela força de uma mola enquanto o tucho hidráulico é completamente preenchido com o óleo lubrificante do próprio motor. Esse óleo entra na peça por meio de um pequeno orifício localizado na lateral do cilindro.

Isso quer dizer que aquela folga entre o comando e o tucho, fundamental nos tuchos mecânicos, não é necessária nos hidráulicos. Lembrando que a bomba de óleo faz com que o funcionamento de abertura e fechamento da válvula troque o lubrificante dentro no tucho. É isso que evita a geração de bolhas de ar e permitindo a troca de calor.

É por isso que é tão importante respeitar a indicação de óleo lubrificante que a montadora recomenda para o seu veículo, por exemplo! Tenha em mente que o tucho hidráulico possui orifícios extremamente pequenos para a passagem de óleo. Eles são projetados para permitir uma vazão específica de óleo durante o funcionamento.

Ou seja: essa vazão pode ser afetada negativamente pelo índice de viscosidade do óleo, por exemplo. Isso prejudica o carregamento dos tuchos e impede a passagem normal do lubrificante para as demais partes móveis do conjunto!

Na hora da reparação, atenção redobrada com o carregamento do tucho

Lembre-se de que qualquer tipo de ajuste, manutenção ou troca de tucho sempre deve ser feita quando ele estiver descarregado. A gente explica: o tucho de válvula possui uma tecnologia de auto compensação da folga existente entre o comando e o balancim.

Como resultado, você garante o bom funcionamento do carro. O problema é que, na hora do reparo, se o tucho estiver carregado, sua pressão pode acabar empurrando a válvula. Isso mantém a mola acionada. Em outras palavras, ao tentar dar a partida no motor, o veículo vai estar sem compressão, já que a válvula estará aberta o tempo inteiro.

É por isso que ele precisa ser descarregado o suficiente para que nenhuma das válvulas fique acionada. E aqui fica o pulo do gato: para descarregá-lo, você pode utilizar uma morsa e prensar as duas extremidades. Ao aplicar pressão, o óleo interno do tucho vai começar a escorrer pelo orifício lateral. Isso mostra que o processo de descarregamento do tucho começou.

Só tenha cuidado ao aplicar as cargas de pressão com a morsa. Isso porque o ideal é que você vá, pouco a pouco, aplicando pressão até que o tucho esteja mais vazio. Depois, é só remover o componente da morsa e executar o teste físico. Se o êmbolo do tucho se movimentar com a pressão aplicada manualmente, é sinal de que ele foi descarregado com sucesso.

Como resultado, quando você fizer a aplicação no cabeçote, ele será capaz de compensar a diferença entre o comando e a came.

Conte com a RIO para ir mais longe

E aí, já conhecia essas informações de aplicação dos tuchos hidráulicos? Fique sabendo que tem muito mais de onde essas vieram! Aqui no blog, você encontra uma série de dicas e análises exclusivas sobre diversos componentes e peças fundamentais no dia a dia do profissional reparador!

Fique de olho nas nossas redes sociais e conte sempre com a RIO para trabalhar com o melhor em peças de reposição para o setor automotivo! Ah, e se ficou com alguma dúvida ou quer conhecer melhor as nossas soluções, deixe seu comentário aqui no blog — nosso time está pronto para ajudar você a criar movimento!

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